Hoje resolvi falar de um incômodo importante na minha atuação como consultora de amamentação: As mulheres ouvem tantas histórias aterrorizantes sobre amamentação que normalizam as dificuldades e a dor que que sentem.
Ouvem pitacos de todos os lados. Uns dizem: Amamentar dói mesmo! Aguenta que uma hora melhora! Outros: o bebê está chorando muito, seu leite deve ser fraco. E ainda rolam as receitas caseiras e truques que podem agravar os problemas.
E a mulher segue suportando tudo. Com o peito machucado, e muita dor. Bebê ganhando pouco peso, irritado. Enfim: E só quando estão a ponto de desistir, a última cartada é pedir ajuda profissional. Aí quando começo a prestar a assistência encontro um problemão, ou vários de uma vez só. Acolho essa mãe, e lamento junto com a mulher tanta dor que ela passou e seguimos juntas até as coisas estarem fluindo bem.
O que antes era apenas uma orientação simples de posição ou pega, acaba sendo um tratamento longo. Tudo costuma ter solução. Mas as vezes o limite da mulher chega antes. E ela não consegue seguir amamentando.
Aliás, Você sabia que entre as maiores causas de desmame precoce estão a crença do leite fraco (3º lugar) e a dor e traumas mamilares (4º lugar).
Por isso que é a informação a maior preparação para a amamentação. E ela pode acontecer durante toda gestação. E depois que o bebê nasce, ao menor sinal de que algo não está bem, um olhar e manejo profissional (banco de leite ou consultora de amamentação) fazem toda diferença.
Se você conhece uma gestante ou uma puérpera,seja a rede de apoio efetiva que busca a solução, não a que normaliza o sofrimento. Aproveita e manda esse texto pra ela.
E me conta aqui: como foi sua história de amamentação, você teve apoio pra buscar ajuda profissional? Quanto tempo levou? Vou adorar saber!